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Visita ao Parlamento Suíço, Berna

A gente foi conhecer o prédio do parlamento suíço, com direito a visita guiada e tradutora brasileira. Esse é um passeio muito interessante para a gente aprender um pouco mais sobre a história deste país. Como sede do governo, o prédio abriga as sessões das duas câmaras: o Conselho de Estado e o Conselho Nacional. As visitas guiadas acontecem nos períodos em que os políticos não estão no parlamento. Todos os membros dos conselhos possuem sua própria profissão. Isto é, não existe dedicação exclusiva à política na Suíça. Por conta disso, muitos deles são empresários, pois assim conseguem tempo para os dias que precisam atender ao governo. Mesmo assim, eles recebem salários para desempenhar seus cargos.

O edifício do Parlamento Suíço foi construído entre os anos de 1894 e 1902. O arquiteto responsável foi Hans Wilhelm Auer, natural do cantã0 de St. Gallen, e envolveu a participação de 173 empress e 38 artistas suíços. Os materiais utilizados na construção provêm 95% da Suíça e simbolizam, assim, a diversidade do país e do povo. Todas as esculturas e quadros estão, de certa forma, associados à história da Suíça.

A fachada norte do edifício do parlamento, vista do exterior, apresenta 3 estátuas da autoria do escultor do cantão de Vaud, Rodo de Niederhäusern. Elas simbolizam: a independência política (ao meio), o poder executivo (à esquerda) e o poder legislativo (à direita).  Os grifos (uma figura lendária com cabeça e asas de águia e corpo de leão) são de autoria do artista plástico ticinense Anselmo Laurenti. O da direita representa a força e o da esquerda, a inteligência.

No interior do prédio a visita começa na sala da cúpula, considerado um monumento nacional. Esta sala tem a forma de cruz (a cruz da bandeira suíça). A escadaria da entrada principal leva às 3 estátuas dos “3 Confederados” e são de autoria do escultor de Genebra, James André Vibert. Os três confederados são Walther Fürst, do cantão de Uri; Werner Stauffacher, do cantão de Schwyz e Arnold von Merchtal, do cantão de Unterwalden. Juntas, elas personificam o juramento de Rütli de 1291 (que foi o pacto de aliança eterna entre estes 3 cantões, formando assim a Confederação Helvética – nome do latim, dado à Suíça). Também de autoria do escultor Vibert, nesta sala pode-se encontrar os quatros soldados (que estão nos pilares das escadas) e que são a guarda de honra dos “3 Confederados”. Estes soldados representam as 4 partes do país (alemã 63,6%, francesa 20,4%, italiana 6,5% e romanche 0,5%), assim como as 4 línguas da Suíça (alemão, francês, italiano e romanche).

A cúpula.

 

A sala da cúpula.
Os 3 confederados.

As quatro janelas em arco, logo abaixo da cúpula, tem seus vitrais pintados por 4 artistas suíços e representam as quatro atividades econômicas/indústrias da Suíça, no ano de 1902. Nelas estão a indústria têxtil na região do lago de Zurique (do artista Albert Welti, de Zurique); o comércio e os transportes, nas margens do Rio Reno (de Emile-David Turrian, do cantão de Vaud); a indústria metalúrgica na região do Jura (de Ernest Biéler, do cantão de Vaud) e a agricultura da região de Jungfrau, nos alpes berlinenses (de autoria de Hans Sandreuter, da Basileia). No centro da cúpula está a cruz suíça e a frase, escrita em latim, “um por todos e todos por um”, que é o lema do sistema político suíço. Os 22 brasões dos cantões da Suíça que estão alí foram criados por Albert Lüthi (de Zurique), em 1902, e estão dispostos ao redor do mosaico. O brasão do cantão de Jura, que foi formado somente em 1978, está no arco acima dos 3 confederados.

O Parlamento Suíço

O parlamento suíço é composto por duas câmaras (Conselho de Estado e Conselho Nacional) e ambas tem o mesmo poder. Isto é, para uma lei entrar em vigor, ela precisa ser aprovada nestas duas câmaras. O Conselho de Estado é composto por 46 deputados, que representam os cantões (2 representantes por cantão, 1 representante por cada antigo meio-cantão) e o Conselho Nacional é composto por 200 membros, que representam o povo suíço (proporcionalmente ao número de habitantes dos cantões). Ambas as câmaras são eleitas pelo povo para um mandato de quatro anos. É aí que as leis são elaboradas, apesar de que na Suíça, o povo tem a palavra final como soberano supremo (através dos referendos e iniciativas).

O Conselho Federal

O governo suíço é composto por 7 conselheiros federais e representam vários partidos políticos. Os membros do conselho federal não estão submetidos a nenhuma hierarquia entre eles. Cada um é responsável por um ministério e os conselheiros são eleitos por ambas as câmaras (Assembleia Federal), para um mandato de quatro anos. Todo ano, no mês de dezembro, ocorre a eleição para escolher qual conselheiro irá ocupar o cargo de Presidente Federal, para os próximos 12 meses.

Sala do Conselho de Estado

Na parede desta sala tem uma pintura que representa uma comunidade rural, no cantão de Nidwalden, do século 18. A comunidade rural é a forma original da democracia direta suíça, uma votação a céu aberto, que existe até hoje nos cantões de Appenzell Innerhodel e Glarus. A pintura foi feita pelos artistas Albert Welti, de Zurique, e Wilhelm Balmer, da Basileia.

Nesta sala tem também um grande lustre, feito por Ludwig Schnyder, de Lucerna. Este lustre funciona com eletricidade desde quando foi instalado, em 1902, sendo praticamente um dos primeiros modelos elétricos e uma modernidade para a época.

As 3 grandes janelas em arco estão decoradas com cortinas confeccionadas com rendas de St. Gallen.

Sala do Conselho Nacional
Um quadro pintado pelo artista de Genebra, Charles Giron, mostra uma vista do lago dos Quatro Cantões (o mesmo que banha Lucerna) e o Rütli, o vale que foi o berço da confederação. Foi neste vale que, em 1291, os 3 confederados fundaram a Suíça. Em segundo plano, o quadro apresenta os dois picos da montanha Mythen (que fica no cantão de Schwyz) e a povoação do cantão de Schwyz. Na nuvem branca sobre o lago encontra-se o Anjo da Paz, segurando um ramo de oliveira dourado. À esquerda do quadro está o herói nacional, Guilherme Tell, símbolo da liberdade política. Sobre a pintura estão brasões dos cantões mais importantes na Suíça de 1902.



Sala do Passos Perdidos
Na verdade, este é o corredor que fica do lado de fora da Sala do Conselho Nacional. É aqui que os políticos dão entrevistas, recebem lobistas e visitantes da comunidade. Nas pinturas do teto, na parte central dele, estão as seis virtudes principais do estado: a verdade, a sabedoria, o patriotismo, a prosperidade, a caridade e a justiça. As demais pinturas representam setores importantes para o país, como: comercio, indústria, turismo, agricultura, educação e arte.


Gostei muito de fazer essa visita. Eu adoro história e poder aprender um pouco mais sobre este país, foi bom demais.
Para quem quiser fazer esta visita com tradução para português, sugiro entrar em contato com a Debora Biermann. Ela foi a tradutora neste tour e foi com ela que agendei a visita. O site dela para contato é o www.brasilianisch.ch.

Este post eu consegui escrever com ajuda do material que eles entregaram no dia da visita, onde conta toda a história do prédio do Parlamento, em português. Boa parte do texto que está aqui, tirei deste material.

Algumas fotos deste post são da fotógrafa Laurentina Leal. Ela mora aqui na Suíça e faz tour fotográfico (tira as fotos para você, enquanto você faz o passeio). Os leitores do blog tem 20% de desconto na sessão de fotos. Para entrar em contato com ela, basta acessar a página que ela tem, no facebook Laurentina Leal Photography. e dar o código #tourfotograficopelomundoblog

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Se você tem mais interesse em saber sobre passeios pela Suíça, veja os posts abaixo:

Maison Cailler e Maison du Gruyère
Monte Pilatus
Museu dos Transportes
Lago de Weesen
Passeio de barco em Zurique
A fantástica fábrica de chocolate: Lindt!!
Kindercity – um espaço divertido
Museu Ballenberg
Chocolat Frey
Museu Tecnorama
Stanserhorn
Parque Atzmännig
Museu Tecnorama
Fábrica de chocolate suíço: Maestrani

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