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Sommerfest – o fim do ano letivo

Sexta-feira passada foi o dia da Sommerfest na escola da filha. É uma festa para comemorar o fim do ano. Meio estranho né? Comemorar o fim do ano no meio do ano…mas tudo bem. O ano letivo aqui começa em agosto e termina em julho do ano seguinte. Neste caso, eu prefiro bem mais o ano letivo no Brasil, que acaba junto com o ano mesmo.

Enfim, esta festa é para reunir pais, crianças e professores. Cada um ajuda um pouco. A escola se responsabiliza por oferecer churrasqueira (hã?), ou grill se preferirem, pães, bebidas, pratos e talheres. Os pais levam a carne (oi?) para assar e escolhem entre sobremesa ou salada para levar também. Quem ainda não saiu de férias, sempre participa. É bem divertido, apesar de eu não conseguir falar alemão por muito tempo, tenho sorte que existem pais de vários países. Então sempre acaba rolando uma conversa em inglês.

Lá atrás está a "churrasqueira"

Mas o melhor mesmo são os pais brasileiros (1 casal e uma brasileira casada com um alemão). Daí minha gente, não tem prá ninguém. É a lei do menor esforço. Quem em sã consciência quer ficar falando em outra língua, se pode falar até os cotovelos (como é o meu caso) em português né?

Ao fundo as mesas e o povo reunido

A parte triste da festa, pelo menos para mim, foi a despedida de uma das professoras. Ela foi a primeira a cuidar da minha filha. Minha pequena tinha 1 ano e 2 meses quando começou a freqüentar a creche. Porém, demorou 4 meses para se adaptar. Quase tive um surto, pois parecia que ela nunca iria ficar na escola sem chorar horrores. Uma das primeiras palavras da Ana Julia foi justamente o nome da professora. E eu sempre percebi o carinho enorme que ela tem com as crianças. E todo mundo sabe que criança não mente né? Minha filha faz festa quando passa por ela (agora minha menina trocou de turma. Está na turma dos “grandes”), e nunca deixou de manifestar a alegria de ver a primeira professora, a primeira pessoa que cuidou dela.

Me emocionei quando entreguei um presente e um cartão (com mensagem em alemão, escrita com muito esforço) para ela. Ela entende inglês e foi assim que sempre conversamos. Mas escrever a mensagem em alemão foi como uma retribuição por tudo o que ela fez pela minha filha. Na verdade, ela conhece melhor a Ana Julia que minha família. E por isso, a considero como parte dela. Momentos que ela viveu com a Ana Julia e que os avós não viveram. Expliquei para ela o motivo do meu choro e quando vi, rolavam lágrimas no rosto dela.

É meus amigos, morar longe do país é se apegar e ter carinho por pessoas que nunca vimos, que não falam a nossa língua, que possuem outra cultura. Mas mesmo com tantas diferenças, o amor pelo próximo e o afeto, sempre são compreendidos e sabiamente transmitidos.

Sei que ela nunca vai ler este post, mas ela sabe o quanto é importante para a minha filha e o quanto foi para mim. Pois foi nela que depositei toda confiança para deixar minha menina longe dos meus olhos. E não me arrependi!

A você, professora querida, minha eterna admiração e carinho!

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9 comentários

  1. Oi Lulu, que post bacana… me emocionei aqui lendo-o. Foi muito bonita essa história, viu? Me imaginei no seu lugar e o quanto eu também teria me emocionado!!! Beijão, com saudades!

    1. Pois é Josinha, é muita emoção mesmo. Uma história de confiança e carinho. A Ana Julia quase todos os dias fala o nome e chama pela professora em casa. E é só por ela que ela faz isso, mais nenhuma ela diz o nome. Então isso tudo só me faz crer que Deus colocou este anjo no meu caminho para cuidar da minha filha. E serei eternamente grata a ela por este amor que ela demonstra pela Ana Julia. Beijos, saudades!!!

  2. Ana…que lindo…Chorei também!!!
    Já passei por esta admiração destas maravilhosas pessoas que são as primeiras “tias” das nossas princesas…E o terror de “como será a próxima?”…A única re-adaptação difícil, da Sofia, aconteceu quando trocamos de cidade, foram alguns dias de chorinho…e a dor no coração da mãe…Mas, graças a Deus, tudo passa…e hoje, a primeira “tia” aqui em SP, está cuidando dela no período de férias (estas 2 semanas).
    Vai tranquila, querida amiga, pois as pequenas são fortes e enfrentam “o novo”…mais fácil que nós! Beijo grande, Lu

    1. Lu…é o legítimo “quem meus filhos beija, minha boca adoça”. Muito bom saber que podemos contar com pessoas assim, tão especiais para cuidar de nossas meninas. É uma sensação de segurança que sentimos, que tudo está bem e que elas estão em boas mãos!!
      Mas a emoção desta despedida é grande. Estranho saber que não nos veremos mais (talvez pelas estações de trem da vida) apesar dela ser tão especial para a Ana Julia.
      Mas vamos lá….ainda terei muitas emoções na vida. Mãe realmente não pode ser cardíaca!!:)
      Beijão,

  3. Claro que eu também chorei… e sempre comento um passo de cada vez, pra desmamar, pra tirar as fraldas pra sair do berço, enfim aqueles seres que nos despertam um amor incondicional cativam outras pessoas também! Eu adoro quem adora minha filha, nossas filhas digo de todas sào seres amados, afáveis e muito muito disponíveis para o amor… amanhà tenho avaliacao da minha Giovana e sei que vou me emocionar a beça por que sei que vem um monte de coisa boa, afinal a gente ama, acorda no meio da noite cuida, morde afofa e quer compartilhar este amor…. beijos Ana ou melhor pras Anas

    1. Ana….verdade…cada etapa da vida das nossas meninas a gente se emociona. Esta semana me peguei pensando que a Ana Julia não usa mais as roupas da seção dos menores. Agora ela já está usando deo “médios” e daqui a pouco dos grande….ai ai ai….E elas são assim, tudo para nós e maravilhosas. São criadas e educadas com muito amor, recebem muito carinho. Por isso são tão especiais. Aproveite a avaliação da Gigi e se encha ainda mais de orgulho desta filha linda!! Essa sensação de felicidade plena é tudo para uma mãe!!! Beijos em vcs duas.

  4. Ana, com a Lara foi parecido… n foi com a primeira, pq a primeira ela era mto pequena e ficou só uns 6 meses, mas qdo mudou pra outra escolinha, n se adaptava de jeito nenhum… daí conheceu a professora da outra sala… e fugia da sala dela pra ficar com a professora que ela gostava!!! Resultado: um ano depois a mae babona chorando pra se despedir da professora!!!
    Ja trocou de professora e demorou de novo pra se adaptar, e agora em agosto tem nova troca e já estou me consumindo em pensar em como vai ser…

    1. Ai minha amiga…mãe sofre né?? fala sério….esta nossa adaptação também não é fácil…troca professora, sai professora….olha…haja coração!
      Boa sorte para vc em agosto…..força e coragem!