O post de hoje foi feito pelo nosso colaborador Mauro Bellenzier, que já havia escrito o primeiro post dele aqui. O Mauro vai contar um pouco sobre Veneza, esta linda e romântica cidade da Itália. Eu, particularmente, quero muito conhecê-la e o meu pedido para que ele escrevesse sobre ela foi realmente com segundas intenções. E acabei ficando com mais vontade ainda!!!
Minha primeira vinda à Itália foi em 2007, a turismo. Por questões familiares, minha visita se concentrou na região do Vêneto, onde inclusive moro atualmente. Na época, um senhor que conheci me falou algo que me marcou: “- Você não pode vir ao Vêneto e não visitar Veneza, não faz sentido!”, bradou o velhinho. E foi exatamente isso o que eu fiz. Visitei meus parentes italianos na província de Belluno, mas não cheguei nem perto da laguna de Veneza. Porém, aquela frase ficou martelando minha mente por um bom tempo. E quando em 2008, algumas semanas depois de termos chego na Itália, eu visitei Veneza, o que aquele senhor italiano havia me dito finalmente fazia todo sentido. Veneza é uma cidade única. Surreal. Todo mundo sabe que ao invés de ruas, a cidade é composta por canais. Mas uma coisa é você saber disso, outra bem diferente é você estar lá e ver com os próprios olhos. Me lembro ainda hoje de quando saímos da estação de trem e nos deparamos com a rua, que não era rua, e vimos água separando as quadras. Foi incrível. E é incrível toda vez que volto lá.
Alguns detalhes sobre Veneza poucas pessoas sabem. A cidade é famosa pelo seu centro histórico, em meio a laguna, mas Veneza possui uma parte terrestre muito grande. A maior delas é Mestre, que na prática é o centro novo da cidade. Outros pontos em terra firme são Marghera e Tessera. Este último onde se localiza o aeroporto Marco Polo, o 3º mais movimentado da Itália, atrás somente de Roma Fiumicino e Milano Malpensa. Justamente por possuir esta parte terrestre, Veneza é a cidade mais populosa do Vêneto, com aproximadamente 270 mil habitantes, dos quais somente 60 mil ainda moram no centro histórico. Além disso, Veneza é a capital da região do Vêneto e o leão de São Marco, símbolo da cidade, está presente na maioria das demais cidades da região.
Chegando de carro ou de trem a passagem é pela Ponte da Liberdade, que liga o continente ao centro histórico. Os carros chegam na Piazzale Roma, que podemos definir como um estacionamento de luxo. Não sei dizer preços, mas é caríssimo estacionar alí. Ônibus urbanos também circulam por alí. O trem chega à estação de Venezia Santa Lucia e é com certeza o meio mais fácil de chegar a Veneza. Ao sair da estação, como mencionei acima, logo se vê um dos grandes canais da cidade. Alí também se encontram os vaporettos, que nada mais são do que barcos maiores que assumem o papel dos ônibus na laguna. O serviço de transporte conta com várias paradas e pode-se chegar diversos destinos dentro da cidade. Porém, como turista, acho muito mais interessante me deslocar por Veneza a pé. Um dos grandes fascínios de Veneza é justamente andar por Veneza. Subir e descer escadas cruzando pontes. Pontes de todos os tipos imagináveis. Algumas bem longas, outras bem curtinhas. Passar por vielas, becos… esse é um dos charmes da cidade. E já que falei em vielas e becos, não imaginem que verá água o tempo inteiro na cidade. Caminhando em qualquer direção que seja, o turista encontra algumas praças, nas quais uma foto do local jamais passará perto do imaginário típico que as pessoas tem de Veneza.
As pessoas geralmente possuem dois destinos básicos em Veneza: ponte do Rialto e Praça São Marco. É muito fácil chegar a esses pontos, mas tenha certeza, em algum momento você se sentirá perdido. E duvido também que consiga repetir o mesmo trajeto em duas visitas à cidade. Enquanto se caminha por Veneza, várias esquinas possuem placas indicando “Rialto” ou “San Marco”. Basta seguí-las, não tem erro. No caso da Ponte do Rialto, todos os caminhos levam a um grande camelódromo, que antecipa o destino famoso. Passada a ponte, muito bonita por sinal, começa-se a seguir a destinação “San Marco”. E é muito legal, e engraçado também, que todas as vezes que cheguei na Praça de São Marco, cheguei por um ponto diferente. A praça é bem grande. Além da Catedral de São Marco, um enorme Campanário completa o cenário, junto a vários edifícios históricos e inúmeras pombas. Se o tempo estiver pra chuva, já se vêem colocados alguns palanques, que no caso de uma inundação, em forma de passarela servirão como calçada para quem estiver passando.
Ah, e tem ainda as gôndolas, não poderia deixar de falar delas! Em vários pontos da cidade se vêem as gôndolas. Um passeio de meia hora custa em torno de 80 euros, mas dando uma choradinha, consegue-se um desconto. Quando fizemos nosso passeio, conseguimos por 60 euros, e estávamos em 4 pessoas. Ou seja, não é nenhum absurdo, basta pechinchar um pouco.
Querida Ana, gostei muito de seu comentário a respeito de Veneza. Eu e minha esposa estamos pretendendo conhecer o norte italiano no final do ano. Residimos em Gyn e somos gaúchos. É possível levar erva-mate para a Itália….Att. Paulo
oi Paulo,
obrigada pelo seu comentário!
Na verdade quem escreveu o post foi o nosso colaborador Mauro, que morava na Itália até abril deste ano. Sobre a erva-mate, sugiro que tragam na bagagem que irão despachar e não na bagagem de mão. Talvez a polícia poderá pedir para ver o que se trata, mas duvido que irão fazer vocês colocarem fora. Muitos gaúchos que moram aqui na Europa trazem do RS erva-mate.
Abraços,