Olha…já passei por algumas situações por aqui. Umas engraçadas outras nem tanto. Na verdade, a maioria não é de rir na hora, mas depois eu me divirto lembrando e contando como foi. Talvez vocês não achem nada de mais nas que vou citar, mas para mim foram inesquecíveis!!! Ai vão algumas pérolas!!!
Primeira:
Essa foi umas das primeiras. Estava no caixa do mercado e a atendente brincou com minha filha. Paguei, saimos e fui no outro mercado, em frente. Quando fui pagar a outra compra, vi que não estava mais com o cartão do banco comigo. Na hora vi que a retardada aqui deixou no caixa do primeiro mercado. A sorte que eu tinha dinheiro para pagar a segunda compra. Bom…voltei para o outro mercado para pegar o cartão. Porém, a atendente do caixa era outra. E o detalhe: o cartão estava com o nome do meu marido. O segundo detalhe: como vou provar que o cartão é “meu” se eu não uso o sobrenome do meu marido? Eu não tinha nenhum documento que provasse a nossa “ligação”. Ai…lá fui eu e perguntei se podia falar em inglês. Reposta: Não. Silêncio total!! Cérebro pensando e chegando a conclusão que a mímica iria funcionar. Então foi o que fiz. Gesticulei indicando um outro cartão que tinha comigo, fazendo sinal para ela entender que eu tinha deixado ali, no caixa. Ela pegou o meu cartão da minha mão e foi comparar os nomes. Ai…prá que!!! Ela se virou de costas para eu não poder “enxergar” o nome do cartão do meu marido (olha a situação!!). Virou para mim de novo e fez sinal que não….e com cara de braba. Eu, já suando frio, resolvi escrever (essa era a terceira opção de comunicação: 1º inglês, 2º mímica e 3º desenhar ou escrever) o nome do meu marido no papel e mostrei para ela. Ela viu, comparou novamente com o do cartão e me entrou o tão desejado para mim. Mas com cara de quem não estava acreditando muito!!!
Segunda:
Eu bem exibida, querendo mandar ver no Deutsch, logo que comecei as aulas no ano passado fui na farmácia comprar uma pomada e um remédio para minha filha. Decorei todo o texto antes de ir, os nomes dos produtos, como perguntar, o tamanho que eu queria…enfim, tudo na ponta da língua. Eis que chego na farmácia, bem dona do pedaço, e peço o que precisava. Foi quando a atendente me fez uma pergunta (que não estava no meu script) e eu pedi para ela repetir. Ela educadamente repetiu e eu não entendi uma palavra da pergunta (a principal por sinal). Neste instante, meu cérebro ficou procurando o que poderia significar. E nada!! Affff…Olhei para ela com uma cara de decepção e pedi para falarmos em inglês mesmo. A moça queria saber da receita médica. Ai que droga!!! Como não pensei nisso. A receita já estava no sistema da farmácia(aqui, certos remédios só se vende com receita médica e esta tem uma validade. Na primeira vez que a usamos, ela fica na farmácia para a próxima vez que tivermos que comprar o remédio e eles controlam o prazo de validade dela. Quem dá este prazo é o médico). Depois dessa, demorei a tentar falar em alemão no comércio. A vergonha foi grande!!! E para quem precisar, receita médica em alemão é: Rezept.
Terceira:
Esta foi semana passada. Eu estava voltando para casa, depois de levar minha filha na escolinha. Com o pensamento bem longe, bem distraída, saí do ônibus e dei tchau e desejei uma boa tarde para o motorista, como geralmente faço. Na minha frente tinha uma senhora e virou rápido para mim quando falei com o motora. Quando estavamos caminhando pela calçada e se vira para mim e fala bem indignada: “Você não pode falar com o motorista, é muito perigoso. Não pode, é proibido!”. Olhei para ela com cara de “a tá…tá bom!”. Concordei com ela e segui o meu caminho. Ela ficou tão perdida com a minha reação sem muito ânimo, que acabou se perdendo no caminho. Foi quando ela se lembrou para onde iria e era justamente o mesmo caminho que o meu. Como eu estava na frente, ela acelerou o passo até me alcançar. Eu estava devagar mesmo (na caminhada e nos pensamentos) e ela vem até meu lado e fala de novo, agora mais calma: “Você entendeu né? Não pode falar com o motorista porque pode ser perigoso.” Olhei para ela e disse que entendi e agradeci. Depois pensei: “Obrigada sim, mas posso continuar os meus pensamentos, por favor?”. Só pude chegar a conclusão de que o motora era marido dela…só pode!!
Tem cada coisa que acontece….aqui são 3 situações que lembrei agora. Caso acontece algo novo eu falo para vocês aqui.
hahaha, essa da farmacia… tenho uma tbem: trouxe umas 3 caixas de anticoncepcional para n ter que comprar já no primeiro mes. mas um dia elas acabam… pesquisei na internet se tinham o mesmo e qual era o nome e sorte, era o mesmo nome. cheguei na farmacia com a caixinha velha (pra garantir!) mas escondidinha, pq estava igual a vc, bem cheia de mim!!! pedi o remedio e ele me deu e tirei minha caixinha em portugues: comparei e os componentes estavam um em grama e o outro em miligrama, voltei pro atendente e disse: “sao iguais!” ele me disse: “sim, só que o teu tá em portugues e o meu em espanhol!” orra, tomei toco do atendente da farmacia… só n respondi pq ele sempre me ajudava com tudo, até com carregar as coisas…
hahahahah….eu também já fiz essa de levar a caixinha do remédio na bolsa….hahahaha que massa! Apesar dos micos que passamos na hora, depois eu acho muito engraçado. Me divirto. Também né….viver longe tem que ter suas compensações. 🙂
E este atendente que carrega as coisas??? aqui nada!!! hahahah
HAHAHAHAHA!! Flávia, estou rindo sozinha aqui!!!!! Que grosso esse atendente!!!! Mas me fez dar gargalhada sozinha aqui!!!!
Pô, fala sério, brasileiro é mal visto no exterior, mas que a gente ajuda os estrangeiros, a gente ajuda!!! Tenta se comunicar, ajuda nas mímicas, enrrola no inglês!!! A gente não é grosso assim!!!
Beijos!