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O segundo trimestre da gestação

Quando completei as 16 semanas, fiz outra ultrasonografia. E foi nesta consulta que ela começou a falar sobre o parto. Como eu ja tinha contado sobre o parto da Ana Julia (onde fui induzida e tentei normal por toda uma manhã, mas não consegui dilatação suficiente e fui encaminhada para cesária), ela acha melhor eu fazer outra cesária. Não me recomenda parto normal, a não ser que eu queira muito. Caso eu ainda decida pelo normal, ela disse que respeitaria a minha decisão. Pediu para eu pensar sobre o assunto e disse que falaríamos mais sobre ele na consulta dos 5 meses (20 semanas). Minha médica é suíça e se ela me recomenda a cesária, é porque é o melhor para o meu caso.

Ah…e não será ela quem vai fazer o parto. Na Suíça somos (na maioria dos casos) acompanhadas durante a gestação pela obstetra em seu consultórios, e no hospital quem faz o parto é a parteira (o normal) e o médico que estiver de plantão na hora (a cesária). Mas existem médicos que acompanham a gestante durante todo o pré-natal e fazem também o parto.

No caso da cesária, minha médica vai me dar um encaminhamento para apresentar no hospital.

16 semanas:
Nesta ultrasonografia das 16 semanas ela não quis afirmar o sexo do bebê.  Mas tenho minha intuição e pelo que eu vi no ultrassom, acho que acertei de novo, como aceitei na gravidez da Ana Julia. Aguardando a confirmação no exame morfológico, que farei com 21 semanas. Neste dia também ela mediu a prega nucal e está num tamanho considerado normal. Como tenho 37 anos, ela me recomendou que fizesse o exame de sangue para detectar alguma síndrome (o chamado Trisomie Test). Este eu não fiz no Brasil, na minha primeira gestação. Mas minha gineco falou que meu plano cobre e eu posso ter noção de percentual de chances do meu bebê nascer com alguma síndrome. Esta preparação toda é para que a mãe possa receber toda informação a respeito, caso venha a ter um filho com síndrome de Down (trissomia 21), síndrome de Edward (trissomia 18) ou síndrome de Patau (trissomia 13).  São estas 3 síndromes que o exame de sangue consegue detectar. O plano cobre este tipo de teste. Caso o resultado apresentasse um percentual alto para uma das síndromes, minha ginecologista disse que eu poderia fazer o teste de Amniocentese (em alemão, Fruchtwasseruntersuchung). Mas que eu correria um risco de 1% de aborto se fizesse.
Eu só pedi para ela que me encaminhasse para uma entidade que pudesse me orientar caso eu tivesse chances de ter um bebê com síndrome. Porque o teste de Amniocentese (coleta um pouco do líquido amniótico) eu não faria.
Por fim, ela me ligou quando o resultado saiu e disse que o percentual deu muito baixo e, consequentemente, as chances de síndromes também.

21 semanas:
Fiz o exame morfológico e deu, claramente, para ver que teremos um menino. Apesar da Ana Julia querer muito uma irmã, conseguimos convencê-la de que um irmão será também um grande companheiro para ela.

25 semanas:
Dia de fazer o exame de glicose. Foi parecido com o que fiz no Brasil. A diferença aqui é que tomei um balde copo cheio de açúcar (em jejum) antes de coletarem sangue por duas vezes. Na gestação da Ana Julia eu tomei em duas etapas (uma coleta antes de tomar um copo, mais outro copo com açúcar e mais uma coleta).

Nesta última consulta deu tudo certo com a minha glicose. Porém, meu TSH aumentou de 2.1 para 2.6. A endocrino disse que até 3.0 é um valor seguro,mas achei muito próximo disso. Por isso, pedi para fazer outro exame de TSH antes das 5 semanas que vou esperar para a próxima consulta na gineco (ela vai tirar uma semana de férias e por isso que vai demorar mais para me atender). Fiz a coleta para o TSH nesta semana. Semana que vem tenho consulta marcada com a endócrino para saber o resultado e conversarmos sobre a dosagem do hormônio que tomo. E por mais que ela tenha me dito que estou em segurança, que não corro riscos, não me senti tranquila enquanto não fiz um outro exame. Às vezes os médicos daqui falam que a gente pode esperar. Só que depois que as coisas não desejadas acontecem, eles te olham e dizem: “Es tut mir leid!”(eu sinto muito!).

E lá vamos nós para o último trimestre!

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Se quiser acompanhar esta minha gestação, veja estes posts também:
A família vai aumentar!
O primeiro trimestre da gestação
Meus cuidados na gestação 

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5 comentários

  1. Oi Ana bom dia;

    Parabéns pelo blog, acompanho tem pouco tempo, mas estou gostando muito dos seus posts.
    Tenho uma observação a fazer em relação ao parto feito no hospital pelo médico de plantão aqui na Suíça.
    Tive meu bebê tem pouco tempo ( menos de 2 meses) e meu obstetra que acompanhou toda minha gestação em sua clínica fez meu parto no hospital. Meu parto foi cesárea. Então pelo menos em meu caso e outros que conheço de amiga daqui, e o mesmo médico que acompanha e que faz o parto e não o obstetra de plantão do hospital. A não ser que vc tenha antes do tempo e o seu médico não tem como atender naquela hora ok.
    Bjus e tenha uma ótima gestação!!
    Patricia

    1. Oi Patricia, obrigada pelo seu comentário e por contar a sua experiência. Já alterei o texto do blog onde falei sobre o obstetra que acompanha o pré-natal não fazer o parto.

      Fico feliz que vc esteja gostando do blog.

      Desejo muita saúde para o seu bebê!!!
      Beijos,