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Sem teto, mas com muita criatividade!

Você está num parque com seu IP (od, ad, hone…) e fica com aquela vontade, ou mesmo, necessidade de usar a internet com a mesma agilidade que tem em casa (4G wi-fi). Já aconteceu com você essa situação? Comigo e com mais uma dúzia (várias dúzias melhor dizendo) de pessoas que conheço.

Identificando esse “nicho” de mercado, uma agência de publicidade de Nova Iorque veio com uma idéia no mínimo, digamos assim, inesperada.

Para atender essa demanda de uso de wi-fi em alta velocidade em áreas ainda não abrangidas pelo serviço, como grandes áreas públicas ao ar livre, eles “utilizam” homeless, os sem teto para serem pontos de 4G. Os participantes carregam aparelhos de MiFi, que permite o acesso a rede por wi-fi/4G. Para se identificar usam camisetas dizendo: “Sou Fulano, e sou um Ponto de 4G”. O preço sugerido gira em torno de U$ 2,00/15 minutos.

Camiseta do Projeto 4G Hot Spot – Nesse caso, o participante é Clarence de New Orleans, um sem teto depois do Furacão Katrina
Aparelho de MiFi que os sem teto carregam para oferecer o serviço de Hot Spot

O projeto seria um passo a frente na idéia de inclusão dos sem teto com a venda de jornais, um projeto já antigo. Uma entrada no mundo digital desse trabalho.

A agência BBH, idealizadora do projeto, entretanto, está precisando defender com unhas e dentes sua idéia, pois em recente conferência tecnológica que aconteceu em Austin, TX, a iniciativa foi vista como desumana e vulgar, apesar de os lucros serem encaminhados a instituições beneficentes.

O site do projeto, buscando humanizar sua idéia

Depois da enxurrada de críticas, ao que parece o projeto não seguirá adiante, mas confesso que não acho a iniciativa de todo mal. Além de serem úteis (talvez ainda mais importante, eles se sentem úteis!), são de alguma forma reinseridos na sociedade. Ok, ok, talvez não da forma usual, mas os tempos estão mudando mesmo, a jato e de algum jeito, meio que torto, pode-se achar uma solução pouco ortodoxa para os que hoje estão excluídos. Confesso que estou tentando ser positiva no caso e me recuso a enxergar esses seres humanos, SOMENTE, como objetos a serem utilizados por uma sociedade que consome tudo tão rápido que não tem paciência para esperar um simples passeio no parque sem estar CONECTADO!

Para saber mais:

 

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1 comentário

  1. Nossa….adorei a ideia!!! Considero que ela está de acordo com o modo de vida atual das pessoas!!! E como vc disse, a pessoa se sente valorizada, se sente alguém!